Posted by : Vanderlei Campos sábado, 27 de março de 2010

São 0h50, madrugada de Sábado. Assim como milhões de brasileiros (e talvez alguns estrangeiros) fiquei acordado, ligado à TV esperando a sentença do juiz Maurício Fossen sobre o caso da morte de Isabella Nardoni.

Passaram-se 2 anos desde o assassinato da garotinha e voltam-se a acirrar os ânimos nos últimos dias movidos pelo julgamento do casal.

Ouvi várias frases. Ouvi várias sentenças nos últimos dias. No metrô, no ônibus, jornais, rádios,colegas, amigos, parentes, enfim, muitas pessoas, todas com uma mesma linha: justiça.

Vi pelas imagens da TV centenas de pessoas se aglomerando em frente ao fórum de Santana (em SP) em busca de uma sentença. Na verdade, todos buscam uma única sentença: CULPADOS. Então me lembrei da multidão que muitos anos antes havia feito uma mesma declaração diante de Pilatos, pedindo que ele soltasse a Barrabás e prendesse, ou melhor, matasse a Jesus.

Não, Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá não são Jesus. Tudo indica que eles não têm as mãos limpas, ao contrário de Jesus.

A semelhaça está apenas no que se refere à multidão, que da mesma forma que agora comemora a sentença do casal Nardoni, comemorou um dia a condenação do Rei dos reis e Senhor dos senhores, Aquele que tomou a forma de servo e deu-se por mim, morrendo na cruz.

Não sou diferente da multidão de hoje. No fundo, meu coração pede a condenação dos Nardoni. Também não sou diferente da multidão de ontem, pois quando prefiro não fazer o que é reto aos olhos de DEUS e escolho meus próprios caminhos, peço a prisão dAquele que deu a sua vida por mim.

A multidão agora volta para a casa e amanhã comentarão o resultado do julgamento em todos os jornais. Mais alguns dias e tudo voltará a ser esquecido, pois o sentimento comum é de que a justiça foi feita.

A multidão voltou para casa assustada: a morte do Rei dos reis abalou até a terra, trazendo escuridão e tristeza dos céus. A justiça humana não havia sido feita, mas a justiça de DEUS pra você e pra mim, em Cristo havia sido satisfeita.

E quanto a mim? E quanto a você? Continuaremos a julgar e a condenar a quem tudo fêz por nós, Jesus de Nazaré? Que tenhamos a firmeza de dar a nossa sentença de prisão do meu “eu” e a liberdade de reconhecer o senhorio de Cristo em minha vida.

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