Há algum tempo atrás, talvez 2 anos, a Honda lançou um comercial muito interessante sobre o Civic.
A família estava numa estrada em viagem e de tempos em tempos o filho pequeno perguntava: “Pai, tá chegando?”, lembrando a todos os país a história que se repetiu (e repete) milhões de vezes, em todas as famílias.
E o caminho avançando e a pergunta se repetindo: “Pai, tá chegando?”
E o pai calmamente respondendo: “Não meu filho, ainda não!”
Nos últimos dias tenho relembrado este comercial todas as vezes que leio ou escuto uma notícia, sou mal tratado quando quero ser honesto (acredite, já fui chamado de burro por uma autoridade da Receita Federal por querer pagar imposto em atraso), contemplo as maldades humanas refletidas das mais diversas formas, a corrupção em todos os níveis de governo, inclusive o eclesiástico, etc.
São tantas coisas que pressionam o dia a dia, que fazem com que o nó entale na garganta, que a lágrima escape pelos olhos, que faço a mesma pergunta ao meu Pai Celeste: “Pai, tá chegando?” Tá chegando o dia em que isso vai acabar? Tá chegando o dia em que todo o mal será banido? Tá chegando o dia em que não terei que chorar pela morte de queridos? Tá chegando o dia em que a tristeza vai se tornar em alegria? O choro em riso?
Tá chegando o dia em que vou te ver face a face?
O Pai, calmamente me chama ao colo e diz: “Sim meu filho. Está chegando, mas ainda não chegou. Enquanto isso, Eu estou aqui.” E essa voz, mansa, tranquila, suave, doce, acalma meu coração que espera o dia chegar, enquanto estou nos braços do Pai.
Na esperança deste dia,
Vanderlei Campos
Editor
