Posted by : Vanderlei Campos terça-feira, 25 de outubro de 2011

Acabo de chegar de um dos enterros mais difíceis da minha vida, pelo menos até aqui.
Ver sendo fechado um caixão com uma jovem, mãe de duas crianças pequenas e mais, saber que não morreu de “causas naturais”, mas porque preferiu dar fim a vida, é de uma tristeza sem tamanho.
Olho para o marido, que tem no rosto estampado a dor e a descrença, como se tudo que estava ocorrendo ali, embora real, não estivesse de fato acontecendo, poder abraçá-lo fortemente, me rasga o coração.
Não nos conhecemos há muito tempo, mas o amor de DEUS nos une de uma forma incrível, onde podemos sentir, compartilhar, rir e chorar com recém conhecidos, assim como amigos e irmãos de anos… é o laço do sangue de Jesus que faz isso, por isso, sofremos, quase como se fosse nosso próprio irmão na carne que estivésse ali, desolado, e nossa irmã, sendo colocada naquele lugar aberto no meio do jardim preparado para isso.
Sofro, não entendo… tenho vontade de fazer alguma coisa que sei que não será possível. Sei também que não sou o único: muitos irmãos estão nessa, mas parece que cada um tem a sua parte a carregar.
Ouvi algumas pessoas dizendo que ela não suportou a pressão, a doença, o tratamento e outras coisas mais. Alguém me disse: “Oramos por ela há dois dias atrás, para que DEUS mudasse sua vida e lhe desse paz!”, e outras coisas que quase encostam na idéia de que a doença venceu, trazendo a morte.
Não creio…
Não acredito que a doença venceu e muito menos a morte. Pelo contrário: a vida venceu, vida abundante em Cristo Jesus. Sim, porque apesar da trágica morte, ela já tinha a plena certeza da Salvação em Cristo Jesus.
Glória a DEUS… em meio a tudo isso posso ver que a morte não venceu! Pelo contrário, o sofrimento da doença perdeu para a vitória da vida eterna, junto ao Pai. Creio que DEUS respondeu a oração de uma forma que não esperávamos e até nos choca, mas Ele deu paz ao cansado e também creio que DEUS a recebeu carinhosamente dizendo: “Filha, aqui é seu lugar. Chega de remédios, de terapias, de dor, de choro… Chega de noites mal dormidas, de dias longos, de cansaço físico e mental. Agora você está em casa. Descanse!”
Meu amigo Jorge, não sei se você lerá isso um dia, mas espero que seu coração seja consolado com a certeza de que a vida da Marta não acabou: pelo contrário, começou e lá, onde um dia esperamos também estar, não haverá choro, nem separação, mas louvor e gratidão ao DEUS que tudo criou. Criador, sustentador, doador e soberano Senhor!
A ELE toda a glória, hoje e sempre, amém!

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