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- Depois do Natal.
Demorei um pouco, reconheço, para voltar. Efeito das festividades de final de ano que todos nós conhecemos bem. Fechamento de projetos, término de tarefas, cartões de natal, lista de presentes para família, amigos (secretos ou não), mesa, frutas, ceia... ufa! a lista não termina. Por isso decidi escrever sobre o Natal, depois do Natal.
Agora que os presentes estão abertos, os papéis que os embrulhavam estão em algum lixo a quilômetros de distância, agora que talvez alguns deles já tenham sido trocados, agora que alguns já devem ter quebrado ou suas pilhas enfraquecidas, resolvi lembrar do Natal. Sim, porque estamos a algumas horas do Ano Novo e a maioria de nós costuma fazer uma avaliação do ano que passou. Por isso, acho que não estarei "fora" se fizer agora esta revisão do Natal.
A grande maioria das pessoas diz que o Natal é um tempo de PAZ e AMOR, onde como que por milagre saímos da rotina de violência, drogas, doenças e pobreza do dia a dia e entramos num mundo mágico, talvez numa outra dimensão.
Interessante notar que os jornais e TV parecem se controlar para não dar muita notícia ruim nesta época, afinal, Natal é tempo de alegria. Mas... infelizmente o mundo real continua matando, roubando, destruindo famílias. Os hospitais continuam recebendo pacientes em estado grave, continuam convivendo com a morte. As pessoas continuam sofrendo, os pobres continuam esperando uma vida mais digna e a violência continua maltratando as pessoas, como nos outros 364 dias do ano.
Já o grupo chamado cristão, comemora o nascimento do Messias prometido - JESUS! Alguns trocam presentes, mesmo que sob o forte discurso de que não existem provas de que 25/12 foi o dia que Jesus nasceu e que a data e troca de presentes nada mais são do que puro comércio. Aqui ficam duas considerações minhas:
1) Embora o dia 25/12 não seja mencionado na Bíblia e pouco provável para o nascimento do bebê segundo estudiosos físicos e astrofísicos, historiadores, etc., não podemos nos esquecer que Ele um dia nasceu, seja qual for no calendário!
2) Cada vez mais o Natal é um apelo comercial, mas... (sempre tem um "mas") não podemos nos esquecer que gostamos de receber e presentear como forma de mostrar nosso amor ao outro. Não nos esqueçamos que Jesus foi o maior presente, dado por Deus como prova de Amor. Cumpre a nós ensinarmos nossos filhos e netos o verdadeiro sentido do Natal, não fazendo da comida, bebida e presentes "o Natal".
Minha reflexão neste momento é que olhando para o Natal eu vejo a cruz! Não posso entender o Natal simplesmente como o nascimento de um lindo bebezinho, infelizmente tratado como "um a mais na multidão", que começou mal a sua vida na terra, pois teve como berço uma manjedoura e como "companheiros" animais da estrebaria. Não posso olhar para a cena retratada por inúmeros presépios espalhados pela cidade e simplesmente "ter dó" daquele garotinho tão bonitinho que, depois desse mal começo, teve uma vida sofrida, curta e ainda acabou morrendo de forma trágica, dolorosa e até injusta. Este não é o meu Natal.
O meu Natal aponta, sim, para a cruz. Cruz de morte. Cruz de maldição. Cruz de angústia e dor, mas... (de novo ele), cruz que está VAZIA. Cruz que cumpriu seu propósito de agradar ao Pai com um sacrifício VIVO e SANTO. Cruz que derrotou a minha eterna separação de DEUS, porque nela, aquele bebê tão lindinho, cumpriu Sua missão aqui. Permita dizer-lhe algo que acredito: o bebê Jesus não veio para ser humilhado, nascendo num estábulo. O bebê Jesus não veio para ser alvo de olhares de dó. O bebê Jesus não veio para marcar um dia onde trocamos presentes. ELE é Rei dos reis e Senhor dos senhores e veio para vencer a morte e nos reaproximar de DEUS, o Pai. Ele veio para morrer na cruz, mas não para ficar nela. Ele veio para mostrar que DEUS tanto te ama e me ama, que não poupou seu próprio Filho para nos dar a chance de voltar aos braços dEle, eternamente.
Olhando para o Natal, eu vejo a cruz. Olhando para a cruz, eu vejo o sentido do Natal.